Não é somente a burocracia que retarda e impede a realização das obras escolares na Rede Estadual de Ensino. A falta de pagamento às empresas que realizam esse trabalho é outra característica do Governo do Estado. A afirmação é da deputada estadual Sofia Cavedon, presidenta da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, em visita a mais uma escola com obras interrompidas, desta vez em Cruz Alta.
A EEEB Margarida Pardelhas é umas das escolas listadas desde o primeiro relatório da Operação Dever de Casa, promovida pela Deputada e que continua na mesma situação. Aconteceu com a Margarida Pardelhas o mesmo que fizeram com o Instituto de Educação General Flores da Cunha, o IE, deixaram de pagar empresas consideradas pela comunidade escolar como muito boas e as consequências são preocupantes, diz a parlamentar.
Sofia visitou nesta sexta-feira (18) a escola que está alojada em um prédio alugado de um antigo hospital. “É escandalosa a precariedade da instalação da escola nesse local, que é insalubre e com o governo Leite pagando R$ 69 mil/mês após abandonar a obra da sede própria da escola. A obra está parada com risco de depredações e roubos, há mais de um ano.
Conforme a diretora Viviane dos Reis, a comunidade e direção já fizeram diversas manifestações, a última realizada recentemente após mais um edital ser cancelado. “O governo prometeu que irá retomar as obras”, disse Viviane.
A deputada Sofia informa ainda que a Escola Margarida Pardelhas tem a necessidade de ampliação de vagas, mas não tem estrutura física para o atendimento no momento. Atualmente atende cerca de mil estudantes com 23 turmas no turno da manhã.