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Sofia cobra solução para atrasos salariais de terceirizados nas escolas estaduais

O atraso dos salários de funcionários e funcionárias terceirizados nas escolas da Rede Estadual de Ensino foi o tema abordado nesta terça-feira (30/09) durante reunião da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa. Após ouvir o relato de uma funcionária de uma escola estadual de Gravataí, a deputada Sofia Cavedon, proponente do assunto, sugeriu encaminhar um ofício ao governo do Estado pedindo a criação de cargos e a contratação temporária. O objetivo é tentar regularizar a situação de funcionários que atuam na limpeza e na cozinha das instituições.

De acordo com Lucinete Rodrigues da Gama, que atua em uma escola de Gravataí, os atrasos nos salários são recorrentes. Devido aos problemas nos pagamentos dos salários, ela afirmou que a sua saúde está debilitada. Por conta dessa situação, após quase dois anos, ela decidiu deixar o emprego. “Estou passando por bastante dificuldade na escola por causa desses pagamentos. Ficamos nervosa com isso tudo, não consigo trabalhar direito. A gente fica muito chateada”, relatou. Lucinete afirmou que os funcionários se sacrificam para garantir o trabalho nas escolas, mas “as empresas deixam todo mundo na mão”.

Conforme Sofia, os problemas são recorrentes e envolvem três empresas. A deputada enumerou uma série de contratempos enfrentados por funcionários e funcionárias. “Não estão recebendo o seu salário e não estão recebendo os seus direitos trabalhistas. A empresa troca de nome, elas são recontratadas e recontratadas sem os benefícios. Não recebem agora vale-transporte, vale-alimentação, pagam para alguns, não pagam para os demais, pagam poucos dias de vale-alimentação, tiveram descontos que não sabem quais são esses descontos”, afirmou.

De acordo com Sofia, a empresa SV não pagou e ainda não se manifestou. “São três empresas atingindo mulheres, mães de família, mães solos, muitas situações gravíssimas que não têm como pagar seu aluguel. Quando chega no fim do mês, nós sabemos os compromissos”, destacou, acrescentando que os funcionários sofrem desrespeito nas relações de trabalho. Segundo relatos, em alguns casos as horas-extras não são compensadas e as reclamações se acumulam por falta de atendimento das empresas. “Não atendem as ligações dos trabalhadores, o DDD 71 é de fora do Estado”, assinalou Sofia.