A deputada estadual Sofia Cavedon esteve na manhã desta quarta, 9, acompanhando a coletiva de imprensa em defesa do Instituto de Educação General Flores da Cunha (IE). Na ocasião, a comunidade escolar realizou uma manifestação pública sobre o retorno das obras de restauro do IE, paralisadas desde 2019, e apresentou sua contrariedade à proposta do Palácio Piratini – de retirar o espaço da escola a fim de criar um “Centro de Desenvolvimento de Profissionais da Educação mediado por Tecnologias” e um “Museu Escola do Amanhã”, em parceria com o IDG (instituição privada que administra o Museu do Amanhã no RJ).
A diretora geral do IE Alessandra Lemes, a presidente do Conselho Escolar Ceriniane Vargas, a presidente do CPM Luciana Assis Brasil, a presidente da Comissão de Restauro Maria da Graça Morales e a representante dos estudantes Marina Albuquerque responderam perguntas dos jornalistas presentes e apresentaram o projeto orçado, contratado, pago e parcialmente construído.
“A comunidade escolar não se opõe à construção de museus ou de centros de referência em educação, o que acontece é que isso não pode ser feito no espaço de uma escola. Defendemos o projeto inicial que atende a uma mobilização da comunidade escolar pela preservação do nosso espaço”, afirmou Alessandra Lemes.
Em 2012 ocorreu a formação de uma Comissão para elaborar as diretrizes que definiram a contratação, através de licitação de empresa para execução do Projeto de Restauração Integral do Instituto de Educação, destinado à função escolar. Em 2016, por ocasião do início dos trabalhos da primeira empresa contratada, a comunidade escolar saiu de seu espaço no intuito de possibilitar a restauração do prédio histórico e com o prazo de 18 meses para retorno, instalando-se temporariamente em três locais distintos.
“A comunidade escolar tem tentado insistentemente dialogar com o governo estadual e realizado várias mobilizações para reivindicar a retomada da obra. Queremos a volta do IE ao seu endereço original na Av. Osvaldo Aranha. Agora, a preocupação se intensificou ao sermos surpreendidos pelo governador Leite que, no final de sua gestão, anuncia a concepção de um novo projeto para o espaço da escola sem dialogar com ninguém. Já denunciamos o governador quando a obra parou, em 2019. E requeremos, junto ao Ministério Público de Contas (MPC) e ao Mistério Público Estadual, representações solicitando ações para agilizar a solução deste impasse”, explicou Sofia Cavedon.