A Audiência Pública sobre o projeto de concessão das rodovias do Bloco 2 e seus 24 pedágios, proposta pela deputada Sofia Cavedon (PT) e realizada em Nova Prata nesta quarta-feira, 30 de abril, reforçou a luta de Prefeitos, Vereadores, do Movimento RS Pedágios Não e da população local, contra o modelo de pedágios implementado pelo Governo Leite.
O chamado Bloco 2 reúne rodovias do Vale do Taquari e do Norte do Rio Grande do Sul, compreendendo trechos das rodovias ERS-128, ERS-129, ERS-130, RSC-453, ERS-135, ERS-324 e BR-470. Serão 24 pórticos de free flow para 415 quilômetros de rodovias.
Os encaminhamentos aprovados na audiência, informa a deputada Sofia Cavedon, foram marcar nova reunião com a Casa Civil, para que o governador escute o movimento dos prefeitos e dos vereadores; encaminhar a Ata da Audiência para o Ministério Público do RS e Governo do Estado; solicitar audiência no Ministério Público de Contas e nova reunião com a Defensoria Pública do Estado. Também serão reforçadas as ações para que o Projeto de Lei 87/2025, de iniciativa da Federação PT/PCdoB e assinado por vários deputados, propondo a suspensão de novas praças de pedágios e a revisão dos valores projetados para a cobrança nas rodovias gaúchas, seja aprovado na Casa Legislativa. “O PL, que ainda não tem o relator indicado, também restaura a obrigação de passar, a cada bloco, pela Assembleia Legislativa que foi tirado em 2016 pelo governo Leite.
Além disso, Sofia ressaltou a importância das oito Audiências Públicas para discutir o Bloco 2 do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado do Rio Grande do Sul, proposto pelo presidente da Frente Parlamentar Contra os Pedágios, deputado Paparico Bacchi (PL), a serem realizadas nos municípios de Erechim, Getúlio Vargas, Passo Fundo, Marau, Casca, Guaporé, Venâncio Aires e Lajeado. A deputada também destacou que no dia 08 de maio, às 9h, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, irá realizar uma Audiência Pública, proposta pelo deputado Hugo Leal (PSD), sobre a implantação do sistema de free flow em pedágios: problemas e soluções.
No encontro, Marcia Rohr do Movimento RS Pedágios Não, apresentou as pesquisas realizadas sobre o tema, sendo uma do governo do estado e a outra feita pelo movimento, e as comparou: o governo ouviu 1.200 pessoas, nós ouvimos 2.325, dessas, 95% não querem pedágios. “Nós temos uma pergunta para o governador: Por que a EGR já seis anos sob o seu comando não é capaz de tapar os buracos das estradas que tem pedágio?”, questionou Marcia.
Conforme a deputada Sofia Cavedon “é um dano coletivo que está sendo imposto às cidadãs e cidadãos e cálculos já mostraram e comprovaram o que dá pra fazer sem pedagiamento com os recursos de R$ 1,3 bilhões previstos no Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) para reestruturação das rodovias do Bloco 2, abrangendo as regiões do Vale do Taquari e do Norte do Estado.