A Assembleia Legislativa votou, na noite desta terça, 7, o projeto de lei 295/2021, de autoria do Poder Executivo, que estabelece o Orçamento do Estado para o ano de 2022. A Bancada do PT votou contra o projeto, por discordar da lógica perversa do governo, que a cada ano aprofunda o arrocho salarial e precariza as políticas públicas em áreas essenciais ao atendimento da população. A bancada chegou a propor emendas importantes, buscando garantir o reajuste do magistério e recursos para a agricultura familiar, renda básica, economia solidária e saúde, mas, como de costume, a base governista aprovou, por 32 X 15 votos, requerimento de preferência impedindo que as emendas sequer fossem discutidas. A proposta de orçamento foi aprovada por maioria.
“Consideramos absolutamente grave que a maioria dos servidores do RS tenham a continuidade do congelamento. As perdas acumuladas dos servidores são no montante de 51% do poder de compra dos seus salários. Temos servidores públicos em situação de vulnerabilidade econômica. Se formos ver os inativos é pior pois foram colocadas sobretaxas para eles e nessa idade de aposentadoria os custos com saúde são ainda maiores”, destacou a deputada Sofia Cavedon. “Trata-se de um orçamento pirotécnico, enquanto o RS retrocedeu nas condições de vida, no desenvolvimento econômico, a fome chegando nas famílias do estado do RS. Ora, avançar na educação é um conjunto de programas que não dialoga com as necessidades das escolas. A primeira coisa é recuperar o salário dos professores. O Assistir é mais um exemplo pois retira de uns para dar para outros, em saúde não é possível isso. Não dá para aprovar esse orçamento que não representa avanço para o RS”, concluiu a parlamentar.
A bancada do PT encaminhou declaração de voto por escrito fundamentando sua posição. O líder da bancada, deputado Pepe Vargas, solicitou a inclusão da declaração nos anais do Legislativo.
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