“Mais uma vez o governo não está preocupado com a renda das famílias, com a economia do estado, com a dificuldade de caminhoneiros e caminhoneiras de escoar a produção gaúcha. Está preocupado, sim, em fazer um bom negócio para vender estradas. Já vendeu a nossa Ceee, já vendeu a Corsan e agora vai entregar nossas rodovias.” A afirmação foi feita pela deputada Sofia Cavedon na sessão plenária desta quarta-feira (05/02), criticando a política de privatizações adotada pelo governo Leite que, em tempo recorde vai decidir o futuro dos usuários de rodovias da Serra gaúcha, localizadas o chamado Bloco 2 de pedagiamento.
O governo Leite lança no início de janeiro, um mês de férias e de recesso parlamentar, realizou três audiências públicas em menos de dez dias para a concessão de 419 quilômetros na ERS-128, ERS-129, ERS-130, ERS-453, ERS-135, ERS-329, chegando parte até a BR-470. “Todos estamos assistindo as consequências dessas vendas do governador. Ele tenta fazer PPP para entregar as escolas à gestão privada e vai para o 2º bloco de pedagiamento. O primeiro bloco do trecho três é um bloco que atingiu a partir de Portão, São Sebastião do Caí, uma praça de pedágio que é dentro de São Sebastião do Caí, que atinge professores, professoras e funcionários, por exemplo, que deslocam de uma cidade para outra para dar aulas”, afirmou Sofia.
Conforme a deputada, os moradores de Capela de Santana precisam passar pelo pedágio. “Tem impedido passagem, onerado famílias. Estabeleceram pedágio free flow, passaram a multar de maneira generalizada quem supostamente evadia do pedágio, o que significa não ter pago lá no início, em 15 dias, e agora em 30 dias. Tudo sobre o cidadão e a cidadã favorecendo os negócios privados”, disparou.
Esse bloco 2 num pedágio que hoje representa R$ 4 poderá chegar a R$ 44 para um automóvel. “É mais irônico ainda, o governador, para tornar atrativo o negócio, ele propõe bloco 2, o uso do Funrigs em R$ 1,3 bilhão do fundo de reconstrução. E argumenta que para tornar mais palatável o pedágio ele precisa lançar mão de recursos que são para a reconstrução do Estado e não para promover venda de patrimônio dos gaúchos e das gaúchas”, comentou a parlamentar.
O outro edital que ainda está em estudos, que vai do bloco 1, ele sinaliza com R$ 4 bilhões do Funrigs. “O governador Leite não se emenda, não compreende que todos os movimentos que o governo Lula fez, colocando aqui bilhões no Rio Grande do Sul, para a sua reconstrução, para que 46 mil empresas, por exemplo, pudessem ter mais empregados hoje do que antes da enchente, sem contrapartida, sem penalizar cidadão qualquer nesse estado. Inclusive manteve empregos, fez financiamento direto para as famílias atingidas. Está promovendo construção e compra de casas populares. Muito diferente do governo Lula, o governo Eduardo Leite impõe um novo imposto, que é o imposto para rodar no Rio Grande do Sul”, conclui a deputada.
Fonte: Portal da Bancada do PT