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Escola do extremo sul de Porto Alegre luta por terreno e linha de ônibus com mais horários

Em mais uma ação da Operação Dever de Casa, a deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da ALRS, visitou dia 26 de outrubro, quinta-feira, a Escola Estadual de Ensino Fundamental General Neto, localizada no bairro Lageado, no extremo sul de Porto Alegre, que vem sofrendo com problemas estruturais envolvendo espaço e locomoção. Parte da área da entrada principal da escola está interditada por conta do peso que uma árvore está fazendo sobre a estrutura, afetando a base do gradil. “Não há risco iminente agora porque colocamos barras segurando e o que segura é a parede da escola”, garante o diretor, Rogério Lopez.

Outro sério problema, destaca Sofia, é a escassez dos horários da linha de ônibus 267 Lami (via Belém Novo). “É mais um obstáculo enfrentado pela comunidade escolar”, enfatiza a parlamentar.

De acordo com o diretor Rogério, a instituição tem uma grande rotatividade de professores, porque muitos moram longe e há poucas linhas disponíveis ao longo do dia. “Gasto mais de R$ 600 com combustível e o auxílio transporte que antes era de 100% agora está em 35%”, afirma o orientador pedagógico, Douglas D’Ávila.

Para o ano que vem, os planos são de ter mais uma turma de 1° ano, informam. Além disso, o desejo dos pais e da direção é que seja implementado o Ensino Médio à noite para atender os jovens que saem do 9° ano, já que escolas de segundo grau ficam muito longe. “Mesmo alunos e professores que moram em bairros próximos, possuem dificuldades de locomoção. Tem um ônibus pela manhã, um à tarde e um à noite. Imagina para quem vem ou precisa ir para o centro”, conta a supervisora, Leandra Fraga.

Atualmente a instituição conta com 440 crianças do ensino fundamental e, apesar do prédio ser aconchegante para os estudantes, falta espaço para uma biblioteca e um ginásio, informa a deputada Sofia dizendo ainda que a escola está localizada ao lado de dois terrenos, a escola tem a possibilidade de expandir o espaço, mas há anos a comunidade luta na justiça para conseguir, ao menos, uma parte que foi ocupada por usucapião.

Reuniões com o responsável jurídico da Secretaria da Educação foram feitas, mas nada foi resolvido até o momento. Conforme relatado pela vice-diretora, Kelly Spiazzi, a Seduc não tinha conhecimento sobre a quantidade de matrículas do terreno, porque foi oferecido como tratamento de dívida para o Estado por uma Cooperativa Naval que existia naquele espaço. “Recebemos um documento da justiça como lindeiros para nos manifestarmos. A Seduc nos informou que não tinha conhecimento de duas matrículas e que fazia o pagamento somente de uma,” alega Kelly.

Outro problema é o salário das cozinheiras, que reivindicam por um aumento salarial. Atualmente, a escola conta com duas funcionárias para atender mais de 400 alunos. O valor recebido com os descontos do IPC, INSS, vale transporte e refeição, fica em torno de R$1.200,00. A deputada Sofia lembra que a partir do dia 7 de novembro, projetos para a melhoria do auxílio alimentação começarão a ser votados no plenário da AL. “A mudança inclui a retirada dos descontos do pagamento dos servidores”.