Em roteiro pela Zona Sul do Estado, do dia 20 ao dia 24/fevereiro, através da Operação Dever de Casa, a deputada Sofia Cavedon (PT), vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, visitou escolas em Capão do Leão, Pelotas e Arroio Grande que se encontram em estado crítico para o início das aulas especialmente frente às temperaturas altas que o Rio Grande enfrenta atualmente. “Cobraremos providências do governo do Estado”, afirma a parlamentar.
Pelotas
Com a obra parada desde outubro de 2024, depois de ter ficado interditada durante anos, o Colégio Estadual Félix da Cunha, localizado no centro da cidade, está em situação crítica, afirma Sofia. Com 400 estudantes do ensino fundamental ao médio, a escola aguarda da Secretaria de Educação (Seduc) os aditivos no projeto da reforma. “Enquanto isso, os alunos seguem em um espaço que precisa de restauração completa, incluindo reforma da quadra esportiva e adequação da rede elétrica que está comprometida.”
Na EEEF Visconde de Souza Soares, que há um ano espera as obras, segue interditada. Conforme Sofia, desde o incêndio em março do ano passado, a cozinha e o refeitório continuam inutilizados. Enquanto isso, os alunos fazem as refeições em uma sala improvisada e não têm sequer um espaço adequado para Educação Física”, destaca a parlamentar afirmando que “abandono não é gestão e cobrará providências ao Governo Estadual”
Arroio Grande
Audiência Pública discute a situação estrutural das Escolas Estaduais 20 de Setembro e Aimone Soares Carriconde
Sofia Cavedon participou na sexta-feira, 21, da audiência pública sobre a situação estrutural das Escolas Estaduais 20 de Setembro e Aimone Soares Carriconde, promovida pela Câmara de Vereadores através da Comissão de Educação presidida pelo Vereador João Victor Larrosa (PT). Para a deputada, as denúncias apresentadas e que ela acompanha desde o início da legislatura quando presidia a Comissão de Educação da AL/RS, são graves. Sofia também visitou as escolas
Uma das maiores escolas de Arroio Grande, a Escola Estadual 20 de Setembro, segue em luta para que reformas estruturais sejam realizadas em seus prédios. Com o início do ano letivo, a situação ficou insustentável, informa a Deputada. A escola chegou a ser parcialmente interditada em fevereiro de 2023. Porém, em novembro do mesmo ano, o prédio foi totalmente fechado devido a sérios problemas na parte elétrica e estrutura do telhado. Mais uma vez, a direção da escola lutou para que as reformas fossem executadas através de uma grande mobilização envolvendo a comunidade. Na ocasião, ficou acertado que em quatro meses a reforma seria concluída, projeção que não se concretizou. O telhado foi retirado quase que na sua totalidade, deixando o prédio exposto a inúmeras intempéries, como chuva, e consequentemente a infiltração. A cobertura com lonas foi realizada recentemente, depois de muita insistência da direção. As ferramentas da obra, muitas delas guardadas dentro do prédio, estão danificando o piso. Os vidros das janelas estão, em sua maioria, quebrados.
Já no Instituto Estadual de Educação Aimone Soares Carriconde, a situação é a mesma. Única escola de ensino médio de Arroio Grande, que luta desde 2023 pela recuperação dos seus dois prédios, que ocupam um quarteirão inteiro e foram interditados devido à rachadura de uma parede, a escola retornou às aulas este ano devido somente ao esforço da comunidade escolar. Conforme Sofia os problemas estruturais continuam, mesmo com as reformas feitas, mas que permanecem apresentando problemas, como os espaços localizados no andar térreo que servem para o acolhimento de estudantes com mobilidade reduzida.
Capão do Leão
Em Capão do Leão a deputada conheceu o terreno destinado à EEEM Jardim América. “Em 2024, visitamos a comunidade escolar e vimos de perto as dificuldades enfrentadas pelos estudantes alojados em uma escola municipal sem estrutura adequada, mesmo já existindo o terreno e o projeto para a sua construção, mas nada é feito pelo Governo de Eduardo Leite”. Em reunião realizada na quinta-feira, 20, com a comunidade, a deputada afirmou que está retomando a luta pela construção do novo prédio. “Estamos retomando a luta com toda a força, apoiando a luta liderada pelo diretor, pela escola, comunidade escolar”, destacou Sofia. O diretor Guilherme Bourscheid lembrou que o presidente Lula abriu o PAC no ano passado, mas o governador Eduardo Leite não colocou a escola com projeto pronto e que existe desde o governo Tarso Genro.