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Pela manutenção do Neeja Paulo Freire na Coronel Bordini

Mais uma vez a comunidade escolar do Neeja Paulo Freire, localizado na Coronel Bordini no bairro Auxiliadora de Porto Alegre, está sendo ameaçado de ter seu prédio fechado pelo Governo do Estado. A informação é da deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da ALRS, que irá solicitar uma audiência com a Secretaria Estadual de Educação para tratar da situação.

Conforme a deputada essa investida já ocorreu em 2023 e havia sido revertida. O Neeja Paulo Freire só no ano passado atendeu em torno de dois mil jovens e adultos. Desses, conforme a direção, quase um mil conseguiram concluir seus estudos no ano. “É o único da região e nessa localidade são atendidos/as os/as estudantes dos bairros São Geraldo, Floresta, Auxiliadora, Passo d’Areia, Santa Maria Goreti, Humaitá, Sarandi, Navegantes, Vila Farrapos, Cristo Redentor. São milhares de trabalhadores/as dos comércios da Cristóvão Colombo, da Benjamin Constant, da 24 de Outubro, do Moinhos de Vento, dos escritórios, dos prestadores de serviços”, destaca a deputada.

Além disso, ressalta Sofia, houve redução profunda nas matrículas da EJA mesmo com 42,2% dos/das jovens de 15 a 19 anos que só trabalham e não estudam, e 34,3% da população gaúcha não ter o ensino fundamental completo, como aponta a terceira edição do Observatório da Educação gaúcha (https://bit.ly/49490vs), lançado nesta terça-feira (06) pela Comissão de Educação. “É preciso investir mais na EJA ao invés de fechar/transferir os Neejas, abrir mais Núcleos para que as pessoas tenham acesso à Educação”, salienta a deputada.

Outro fator apontado pela deputada é a história de 40 anos da EJA pública estadual no local que é uma referência física e geográfica que se arraigou na memória do bairro, da região e da cidade. Retirar o Neeja Paulo Freire dessa esquina significará quebrar essa memória e destruir esse enraizamento, fortalece a deputada em um dos argumentos da comunidade escolar que enviou ofício à secretária Raquel Teixeira, solicitando que reveja a decisão de retirar o Neeja da Coronel Bordini.