Deputada Sofia Cavedon recebe mães da Escola Especial Ney Gomes da Silva na Comissão de Educação e cobra providências do Estado
Nesta terça-feira, 3 de junho, a deputada estadual Sofia Cavedon (PT), vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do RS, recebeu um grupo de mães da Escola Estadual Especial Brigadeiro Ney Gomes da Silva, de Canoas. Elas entregaram documento relatando as precárias condições físicas da escola e denunciando falhas na qualidade da inclusão oferecida aos estudantes.
A escola atende alunos com síndromes como Down, Asperger, Turner, Klinefelter e paralisia cerebral, e é um espaço fundamental para o desenvolvimento educacional e social de crianças, adolescentes e jovens adultos com necessidades especiais. No entanto, as mães relatam que a estrutura do prédio está em situação crítica: o local apresenta goteiras em diversas salas, problemas graves no piso e infiltrações.
Sofia Cavedon reforçou o compromisso com a causa e propôs os seguintes encaminhamentos: realização de uma visita oficial da Comissão de Educação à escola, preferencialmente em dia de chuva para verificar in loco as denúncias; denúncia ao Ministério Público; e solicitação de audiência com a Seduc para tratar com urgência da reestruturação da escola.
“Estamos falando de uma escola que deveria ser referência em inclusão e cuidado, mas que hoje está em estado de abandono. Não é possível oferecer educação de qualidade com goteiras nas salas e sem os recursos necessários. Essa mobilização das mães é uma prova de resistência e dedicação, e merece resposta imediata do poder público”, afirmou a parlamentar.
Rejane Ferreira, mãe de uma adolescente com síndrome de Angelman, contou que a escola – única de educação especial no município de Canoas – atende 97 alunos, distribuídos em dois turnos e em turmas de 2º e 3º ano. Conforme ela, em outubro de 2024, a escola sofreu interdição total devido a problemas relacionados à rede de energia elétrica. “Após um período de interdição, a escola retornou, em janeiro de 2025, de forma parcial. Atualmente continua interditada a quadra de esportes por questão de segurança e a sala de aula utilizada para educação física é totalmente inadequada para o ensino especial”, expôs. Rejane também reclamou de infiltração no prédio e da carência de profissionais de apoio pedagógico.
Por sua vez, Marinês Gonçalves também reclamou da manutenção do prédio, com sucateamento e deterioração de espaços como pracinhas e climatização.