Por solicitação da deputada Sofia Cavedon, servidoras de escolas da rede estadual se manifestaram na manhã desta quarta-feira (15) na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para tratar das perdas salariais. A deputada introduziu o assunto explicando que são mais de 13 mil servidores de escolas que foram excluídos da proposta de reajuste salarial de 32% ao magistério (Projeto de Lei 467/2021), sendo que 52% desse grupo recebe menos que o salário mínimo regional do RS.
A situação foi relatada por Suzana Klein e Luciana Cristina, funcionárias de escola em Montenegro. Suzana disse que se trata de grupo que busca ação paralela ao CPERS, tendo em vista que os servidores de escola são invisibilizados nos debates de reajuste salarial ou plano de carreira. Pediu que sejam agregados em política salarial e que não tirem mais seus direitos. Luciana disse que é desumano receber menos que o salário mínimo, além da discriminação que sofreram no plano de carreira, que mesmo com formação acadêmica desses servidores não garante avanços salariais.
A deputada Sofia Cavedon anunciou no encontro que a Bancada do PT protocolou emendas que visam garantir o reajuste e a inclusão dos servidores de escola. “Estamos lutando para que a votação no dia 22 de dezembro seja para contemplar todos, incluindo os aposentados e que não sejam eles próprios a pagar um suposto reajuste como é a intenção do governador no PL 467/2021. É muito duro o que está vivendo a categoria com sua capacidade financeira vilipendiada, sem condições de sustentabilidade diante de tantos desafios e da complexidade da educação pós pandemia. Por isso todo o nosso empenho inclusive a visibilidade dada na Comissão e acolhida por todos os parlamentares que a compõe”. Sofia pediu manifestação da CCDH sobre esse assunto ao governador Eduardo Leite.