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Sofia denuncia paralisação das obras em escolas da Rede Pública

A dramática situação do Escola Estadual de Ensino Básico Margarida Pardelhas, em Cruz Alta foi referida pela deputada Sofia Cavedon, na Sessão Plenária da terça-feira (08/08). A parlamentar citou que o caso foi mostrado ao próprio governador Eduardo Leite, durante entrevista à afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul e segundo Sofia, causou enorme constrangimento, já que Leite tem afirmado que a Educação é prioridade do seu governo.

A deputada que preside da Comissão de Educação, lembrou que antes mesmo do monitoramento das obras em escolas, realizado pela Comissão, a instituição já havia sido identificada como preocupante, porque o governador mandou paralisar as obras em 2019. “A obra é a reconstrução total de um instituto simbólico e histórico de Cruz Alta, que tem mais de mil estudantes. É uma escola que foi alocada num antigo hospital. As salas são insalubres e o governo paga R$ 68 mil de aluguel. Uma obra que ia muito bem e o governador parou a obra, em 2019, com a desculpa da crise financeira.”

Sofia lembrou que foi a mesma justificativa para paralisar as obras do Instituto de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, que já completa uma década, sem concluir as obras. A parlamentar recordou que Eduardo Leite devolveu recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).”Dinheiro que foi buscado no governo Tarso, depois o governo Sartori utilizou uma parte e Leite que recebeu parte desse recurso, acabou devolvendo no segundo ano, desmontou a força-tarefa dos engenheiros e arquitetos que Sartori tinha montado e devolveu esse dinheiro, mas antes utilizou uma parte para acessos asfálticos!”

A parlamentar denunciou ainda, que no caso do Instituto de Educação Flores da Cunha, o governador pretende alocar no prédio histórico, três entidades privados, desviando a finalidade da instituição. Um relatório do TCE/RS já apontou o problema e recomendou que Leite desista da operação.

Sofia lembrou ainda que em fevereiro de 2023, o governador lançou o programa Lição de Casa que identificou 176 escolas públicas em situação crítica que seriam priorizada. Em abril, depois da Comissão de Educação instalar o seu monitoramento, o Governo do Estado lançou seu próprio controle de obras, com 245 escolas. “Agora pasmem, 145 escolas do primeiro anúncio, não estão no monitoramento do governador. São 145 escolas abandonadas! No segundo semestre, começou a demitir professores contratados, agora nós recebemos denúncia de 73 escolas, com falta de horas-aula”.

Texto: Adriano Marcello Santos/Bancada PT