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Sofia homenageia a Escola Municipal Porto Alegre

A deputada Sofia Cavedon (PT) homenageou nesta quinta-feira (25), a Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre, no grande expediente da Assembleia Legislativa, pela passagem dos 30 anos de existência da instituição. Na tribuna, a parlamentar traçou o histórico da escola que, mesmo antes de ter uma estrutura predial, já existia na prática. “A Escola Porto Alegre é constituída por humanidades. Hoje, são 120 estudantes, 35 educadores, 15 funcionários e um grande compromisso em resistir, acolher e transformar a educação em um meio de fazer dos sonhos uma realidade”, declarou a petista.

Ela lembrou que, desde 1994, a escola atendia meninos e meninas em situação de rua pelas praças do centro da cidade. Segundo a parlamentar, um grupo de educadores abordava crianças e adolescentes que tentavam a sobrevivência pelas ruas de Porto Alegre, ensinando-lhes as letras e criando vínculos gradualmente. “Em 1995, o prédio da escola foi inaugurado, dando início formal a um projeto pedagógico, que atenderia exclusivamente crianças e adolescentes em situação de rua, em um momento histórico em que a criação dos conselhos tutelares, o orçamento participativo e a Constituição tinham como objetivo a proteção desses indivíduos”, ressaltou.

A partir de 2009, a EPA, que está localizada no Centro Histórico, passou a oferecer Ensino Fundamental Completo, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Mas logo percebeu-se que era preciso oferecer outros serviços além da escolarização. Muitos estudantes chegavam à escola sem documentos ou sem acesso a serviços básicos. Assim, constituiu-se o Serviço de Acolhimento, Integração e Acompanhamento, um braço da escola que dialoga com os serviços de saúde, assistência social e jurídico, orientando e acompanhando os estudantes na busca por seus direitos”, relatou.

Nesta mesma lógica, em 1999, foi criado o Núcleo de Trabalho Educativo, oferecendo oficinas no contraturno, com base na economia solidária. Hoje, nos espaços da escola, há oficinas de cerâmica e papel, teatro e fotografia, as duas últimas em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Currículo – Sofia afirmou ainda que o currículo da escola é diferenciado e não busca apenas resultados e atingimento de metas. “Um currículo de resultados não daria certo para a APA, assim como não dá certo para a maioria, pois educar envolve gente”, apontou, ressaltando que o modelo pedagógico da instituição contempla a criticidade, fortalece a autoestima dos estudantes e promove a inclusão social, seguindo princípios do pensador Paulo Freire.

O grande expediente foi acompanhado por alunos e alunas, professoras e professores, funcionárias e funcionários e direção da EPA.